AULA - As relações de trabalho e o papel da mulher (GRÉCIA)

Vídeo - Grandes civilizações - Grécia (editado - relações de trabalho)

   Para os gregos dos séculos VI a IV a.C., a condição de escravo estava ligada à concepção de política que a sua sociedade desenvolveu, principalmente em Atenas. Na Grécia, o cidadão, para participar ativamente das discussões dos problemas da pólis (cidades-estado), bem como se dedicar à elaboração de leis e aos cargos públicos, necessitava do ócio - tempo livre - para exercer essas funções. 
   Apesar da sociedade grega ser voltada para as cidades e à vida urbana, a agricultura constituía-se na principal atividade econômica, ou seja, eram livres os camponeses que retiravam da terra seus próprios meios de subsistência. Por isso, possuir terra tinha grande importância para esta sociedade. Na maioria das cidades gregas dos séculos VI e V a.C., só os cidadãos podiam ser proprietários. No entanto, em suas poucas faixas de terras férteis, os homens gregos tentavam subtrair do solo fraco: frutas, leguminosas, trigo, cevada e, em maior escala, azeite de oliva e vinho. A escassez de terras facilitou a formação de núcleos urbanos independentes.
   Mas, para manter a estrutura das cidades, conseguir tempo livre para dedicar-se a sua administração e produzir riqueza, foi necessário que generalizasse o trabalho escravo. Portanto, o escravismo tornouse o modo de exploração econômico que sustentava a cidade e o campo e que proporcionava privilégios às elites gregas. A escravidão na antigüidade originou-se, principalmente, da guerra ou das dívidas, sendo esta última forma abolida na Grécia por volta do século V a.C.
    A grande maioria dos escravos destinava-se ao trabalho agrário, no entanto, realizavam todo o tipo de trabalho, seja nas minas, nas oficinas, nas residências e para o Estado. Mas o que era ser escravo na Grécia Clássica? Ser escravo nas pólis significava não poder participar da vida política, ser excluído de parte das festas religiosas, ser desprovido de direitos e da educação para jovens cidadãos.

O trabalho era motivo de vergonha

Aristóteles o olhava com desprezo do alto da filosofia, como próprio de homens sem inteligência, como indicado apenas para escravos e como apenas preparador de homens para a escravidão. O trabalho manual, acreditava ele, entorpece e deteriora a mente, não deixando tempo nem energia para a inteligência, para a política. (Adaptado de DURANT, 2001. p. 80)








Comentários